top of page

Quando o polícia de bairro não existe só nos filmes


Passamos todos os dias nos mesmos sítios, nas mesmas ruas e nas mesmas estradas. Mas será que todos esses locais são seguros ou haverá motivos para viagens atribuladas a caminho da nossa escola? Falámos com Pedro Pinho, subintendente da Terceira Divisão da PSP de Lisboa, e fomos descobrir.


São mais de oito quilómetros quadrados de área e quase 37 mil habitantes: a freguesia de Benfica é bastante diversa em termos culturais e populacionais. Com tanto ecletismo quisemos saber, com a ajuda de Pedro Pinho, se a freguesia da nossa escola é segura e de fácil policiamento: “A freguesia de Benfica é segura e as pessoas podem sentir-se seguras. É uma freguesia muito dinâmica, comercial, com bons acessos e que tem um pouco de tudo”.


Ainda assim, o agente lança alguns avisos: “Temos situações de crime que acontecem, o que é normal numa cidade. Não é desejável, mas é normal. E no caso de Benfica, apesar de haver algumas zonas mais inseguras, trata-se no geral de uma das freguesias mais seguras da cidade de Lisboa”. Preocupado? O subintendente esclarece que os principais problemas e crimes são “casos de furto no interior dos veículos, mas existem também alguns roubos violentos que normalmente afligem a comunidade”. Sobre os primeiros, Pedro Pinho deixa o conselho e o alerta às pessoas para não deixarem bens dentro dos veículos, porque, como se costuma dizer, “a ocasião faz o ladrão”.


Quanto à resposta que a PSP dá a estes casos, o agente explica-nos a delimitação das operações: com duas zonas diferentes – as zonas “sensíveis”, que exigem uma abordagem mais cautelosa, e as zonas “não sensíveis” –, o policiamento e as respostas às ocorrências são feitas tendo em conta estas duas partes. De seguida, avalia-se a disponibilidade, os meios que podem ser equacionados e as patrulhas que podem avançar.


E é mesmo nos meios que Pedro Pinho admite que o policiamento é redutor: “Gostávamos de ter mais elementos e mais equipas, obviamente. Mas ainda assim já temos várias equipas no terreno, prontas para entrar em ação em Benfica, Campolide, Carnide, Lumiar, Santa Clara e São Domingos de Benfica, as nossas áreas de responsabilidade.


Como sugestão, o intendente traz para o presente uma figura tão habitual na ficção, mas muitas vezes distante na vida real, o “polícia de bairro”, que começa a ser cada vez mais uma constante na vida urbana. Segundo o agente, a “implementação de patrulhamento efetuado por ‘polícias de bairro’ cria mais proximidade dos agentes com a comunidade local, algo que é imprescindível” para o trabalho policial.


RECENTE
ARQUIVO
bottom of page